segunda-feira, 3 de maio de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Teóricos da conspiração

Teóricos da conspiração

Passados 36 anos do tristemente famoso 25 de Abril convêm relembrar alguns conceitos básicos.
P: O que é o estado?
(Já que há jornalistas a escrever Deus em letras minúsculas optei por escrever estado em minúsculas).
R: * “Estado é uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente”.
Em nome de uma utopia provinciana querem-nos fazer crer que só um estado laico representa todos os seus cidadãos.
É a Europa no seu melhor.
Depois de séculos a tentar dominar o mundo a nível artístico, cultural, arquitectónico, religioso, etc., voltam em força para mostrar que politicamente são mais avançados.
Piada que aos países Islâmicos não lhes agrada muito.
Se num determinado país existir uma religião em maioria porque se há de esconder esse facto?
Quer me parecer que hoje em dia mais vale ser delinquente do que pertencer a uma qualquer religião.
Que eu tenha conhecimento a nível ocidental há liberdade religiosa, não havendo portanto uma obrigatoriedade que incomode tanto determinadas minorias e teóricos em busca de uma fama efémera.
Voltando ao assunto e como se não bastasse há ainda uma constituição que afirma que todos os cidadãos nacionais são de esquerda.
Já que não tem coragem de se afirmar religiosamente também não o deveriam fazer politicamente.
Ou será que a democracia é uma coisa que só funciona quando dá jeito?
Tal como existem crentes na teoria da conspiração nos EUA sobre o 11 de Setembro, há cada vez mais teóricos e crentes no que diz respeito à Religião, quanto a forma da sociedade, etc.
Depois das ditaduras políticas estamos numa época de ditaduras de minorias cada vez menos democráticas o que inevitavelmente resulte novamente em ditaduras políticas.

terça-feira, 30 de março de 2010

Forças Desarmadas

A nova designação das Forças Armadas será Forças Desarmadas.
Publiquei recente o texto abaixo no meu facebook, a propósito do tema na TSF (a compra dos submarinos) e como não podia deixar de ser publico aqui também. E como os tempos sao de crise o melhor mesmo é apostar nas artes marciais :) em ultimo recurso usariamos o insulto contra eventuais invasores ou missoes no estrangeiro. :) ...nunca se sabe.



Curioso é a imprensa não querer saber da opinião da Marinha. A não ser que os militares só sirvam os propósitos jornalísticos contra governos de direita.
A questão de fundo é:
Os Portugueses querem de facto Forças Armadas?
Na minha modesta opinião quando existem países a utilizar tecnologia de 5ª geração, é no mínimo ridículo que haja quem defenda que espadas e lanças chegam muito bem. (Já agora sem recurso aos cavalos que ficam caros).
Este “drama” só serve a esquerda e os incautos.
Já que fomos apanhados com as calças na mão com esta crise só há uma coisa a fazer que é a de adiar a compra.
Também não se fala nos postos de trabalho que foram a vida ao acabar com a indústria naval…fazia lembrar o antigo regime e a época colonial.
Agora numa atitude tipicamente portuguesa vamos comprar tudo lá fora…como vivemos á grande e á Portuguesa. Já que se acabou com industria naval quem sabe se a seguir não vai a Força Aérea e por fim o Exercito até que se entregue a defesa do país aos vândalos da escola e aos pseudo intelectuais de esquerda.

sábado, 13 de março de 2010

O regresso

Peço desculpa pela ausência mas para infelicidade de muitos estou de volta :) .

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

OPINIÕES HÁ mUITAS


Opinião




A punição dos crimes
Há uns anos, num colóquio sobre direitos humanos, defendi que os reclusos, independentemente da pena a que foram condenados, devem ser tratados com respeito pela sua dignidade pessoal e que todos os criminosos, por mais graves que tenham sido os seus crimes, têm sempre direito a um julgamento justo.
A dada altura, uma mulher interpelou-me da assistência: «O senhor está aí a defender os criminosos mas eu queria saber o que é que faria se uma filha sua fosse raptada, violada e assassinada». Na ocasião, a sociedade portuguesa estava profundamente traumatizada pelo «gang do Multibanco», que, entre outros crimes, sequestrara, violara e assassinara uma jovem.
Por momentos, aquela pergunta, inopinadamente arremessada, deixou-me algo embaraçado, mas respondi com verdade. «Pois bem», disse eu, «se isso acontecesse a uma filha minha - e se eu pudesse -, matava o autor; descarregava-lhe uma pistola na cabeça ou esfaqueava-o enquanto tivesse forças». «Está a ver», retorquiu a minha interlocutora, «o senhor está aí a defender os direitos humanos para os criminosos mas só porque ainda não foi vítima deles. Se fosse, a justiça que o senhor queria já era diferente da que está aí a defender». Expliquei então que o que eu teria feito naquela hipótese sinistra não seria justiça mas sim vingança. E expliquei que, em geral, as vítimas de crimes não querem justiça, mas antes vingar-se dos criminosos. Sempre fora assim desde a mais remota antiguidade. Houve até sistemas primitivos de justiça em que os criminosos eram presos e entregues às próprias vítimas ou às suas famílias para que elas fizessem justiça. Era o sistema da «vindicta privada».
Mas a senhora não desistiu. «Diga-me então - insistiu - qual a pena que acha justa para esse crime»? Respondi-lhe que isso era relativo. Se me pusesse no lugar do pai da vítima, a pena justa seria, obviamente, a pena máxima, mas se me colocasse no lugar de pai do criminoso, seria a mínima. E ripostei: «Que pena é que a senhora acharia justa se fosse a mãe de um rapaz que cometesse esse crime»?
Esclareci que uma pena justa e adequada teria de ser aquela que merecesse o acordo, por exemplo, do pai da vítima e da mãe do criminoso. Para isso teriam de os meter a ambos numa sala a fim de encontrarem a dose punitiva proporcional à gravidade do crime e à intensidade da culpa do criminoso. Obviamente, um a exigir a pena mais pesada e outro a defender a mais leve. E como, certamente, até deixariam de se ouvir, teriam então de nomear mandatários. Mas como, mesmo assim, estes também dificilmente chegariam a acordo sozinhos, teria então de haver uma terceira pessoa, não envolvida na questão, isenta, distante, objectiva e imparcial que, em face do que ouvisse dos representantes da vítima e do criminoso, fixaria a pena justa.
É essa a essência do direito penal. A pena para qualquer crime tem de ser encontrada a partir do confronto dialéctico entre os interesses antagónicos gerados pelo próprio crime, ou seja, os interesses punitivos e os interesses de defesa. Uns e outros devem ser representados por pessoas não directamente envolvidas, que sejam capazes de olhar os factos com objectividade, sem as emoções e as paixões de quem foi atingido pelos acontecimentos. A isso chama-se um julgamento.
Um crime acarreta sempre duas tragédias: a da família da vítima e a da família do criminoso. E qualquer dessas tragédias pode, hoje, acontecer a qualquer pessoa. Porém, todos imaginamos facilmente o sofrimento dos pais cuja filha foi violada e assassinada, mas poucos são capazes de imaginar o sofrimento dos pais de um jovem que cometeu tão hediondo crime e vai ter de pagar por ele. Perante a notícia de um crime, a generalidade das pessoas tem tendência a colocar-se no lugar das vítimas e, a partir dessa visão unilateral, fazer um julgamento sumário e parcial dos acusados. Nessa posição, a distância em relação à «justiça pelas próprias mãos» é muito curta. O símbolo da justiça é uma balança e, por isso, aquela terceira pessoa (o fiel), antes de sentenciar, deve pesar (ponderar) devidamente tudo o que as partes (a acusação e a defesa) colocam nos respectivos pratos.
Infelizmente, hoje, em Portugal, em vez da primitiva «vindicta privada», prolifera uma espécie de «vindicta publica». Já não são preocupações de proporcionalidade e de adequação, que determinam a medida das penas a aplicar, mas sim sentimentos de vingança social, permanentemente alimentados pelo fundamentalismo justiceiro de muitos magistrados e pelo vampirismo mediático de alguns órgãos de informação. “
In JN de 17 de Janeiro de 2010.
Esta opinião até poderia ser credível se não tivesse um pequeno problema.
Esse problema reside no facto de acreditar em que as pessoas e os seus sistemas são infalíveis. É curioso ver como uma grande parte da sociedade que diz não ter fé religiosa tem fé no ser humano.
A realidade do dia-a-dia vem provar que de facto algo está errado, em nome de uma liberdade que não conseguem encontrar ou satisfazer.
Quando temos alunos sem respeito pelos professores (com apoio dos pais), sem respeito pelas autoridades (que com estas leis de esquerda não passam de uns bonecos fardados), num país onde o respeito pela família está a desaparecer ( de retrocesso em retrocesso civilizacional proposto imaginem só… pelos progressistas), isto só pode acabar mal.
Educar a sociedade não é só meter o povo a força numa escola e obrigar os professores a passa-los de ano. Exige o apoio da família, coisa que parece estar a ficar fora de moda.
Não tendo referencias de espécie alguma o ser humano acabará como aquilo que no fundo é. Um animal selvagem como os outros. (conceito que não desagrada à esquerda).
Sabendo das limitações da Lei os criminosos não são parvos e é obvio que as exploram.
Julgamentos públicos à Idade Média ou até mesmo anteriores não resolvem problema nenhum mas chegados a esta calamidade de vez em quando não fazia mal a ninguém um linchamento exemplar.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sobre o casamento gay

(comentario a artigo do Publico de Dezembro).
Não há muito tempo a própria ciência acreditava que só existia uma via láctea, a nossa.
Hoje em dia estão abertos a qualquer possibilidade por mais estranha que pareça.
é o que acontece neste caso.
A opinião dos médicos parece-me mais politica que técnica ou mesmo cientifica
De tempos a tempos a sociedade enlouquece cedendo a prazeres e vícios.
Não tarda muito e ladrões, violadores, pedófilos, também vão querer ver os seus direitos consagrados.
Qual será o proximo passo? Casamento de humanos com animais? (é preocupante a cedencia humana aos seus instintos... e ainda dizem que somos os mais evoluidos do planeta).

domingo, 6 de dezembro de 2009

Inscrições

Estão abertas as inscrições para sócios da Banda Filarmónica de Bragança.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tapa-me os olhos que eu não quero ver

Tapa-me os olhos que eu não quero ver

por João Miguel Tavares

O caso "Face Oculta" esbarra de frente com o primeiro-ministro. O Paísinteiro pára para ver. Vem o presidente do Supremo Tribunal e diz: "É tempode repensar toda a estrutura de investigação criminal." Vem oprocurador-geral da República e diz: "Os políticos devem acabar com osegredo de justiça ou então mudar a lei." Sobre o primeiro-ministro, duranteuma semana, nenhum deles disse coisa alguma. Meus caros amigos: isto é omesmo que ter um homem encarcerado num acidente e os dois médicos do INEMchamados ao local optarem por ficar na berma da estrada a discutir questõesde anatomia. Isto é o mesmo que ter um avançado caído dentro da área e oárbitro e o fiscal de linha decidirem que naquele momento o que se impõe éuma reflexão sobre as regras do penálti. Isto é o mesmo que ter uma casa aarder e dois bombeiros sentarem-se a debater a qualidade do seu equipamentoem vez de irem buscar a mangueira da água.Está tudo doido? Não. Está tudo cheio de medo. Porque nunca ninguém viu nadaassim desde que existe democracia e Noronha do Nascimento e Pinto Monteiropreferiam manifestamente não ter sido eles a ver. Estas são circunstânciasabsolutamente excepcionais e eu não sei se temos homens à altura destascircunstâncias. Parece-me muito sintomático que os dois mais altosmagistrados do País se tenham refugiado em questões políticas (o segredo dejustiça e a estrutura da investigação) no preciso momento em que aquilo quese lhes exige é clareza absoluta nas decisões judiciais. Pinto Monteiro,aliás, só emitiu um comunicado com alguns esclarecimentos depois de JoséSócrates ter exigido publicamente que queria ser esclarecido.Sejamos cristalinos: acreditar que Jesus Cristo andou sobre as águas exigemenos fé do que acreditar que as conversas entre Sócrates e Vara têm ainocência de um episódio da Abelha Maia. Supondo que o juiz de instruçãocriminal de Aveiro não enlouqueceu, o simples facto de enviar certidões parao Supremo envolvendo Sócrates tem só por si um efeito devastador e que exigeuma dupla resposta: jurídica (saber se as escutas são legais) mas tambémpolítica. E, para a resposta política, a legalidade das escutas interessapouco. Sócrates disse: "A questão mais importante para mim é saber se,durante meses a fio, fui escutado e se isso é legal num Estado de direito."Mas a questão mais importante para mim, e suponho que para a maioria dosportugueses, não é saber se as escutas são legais, mas se oprimeiro-ministro teve conversas inaceitáveis com Armando Vara à luz de umEstado de direito. Isso até devia sossegar Pinto Monteiro e Noronha doNascimento. Só que eles conhecem demasiado bem a política para ainda seremcapazes de confiar no poder solitário da justiça.v

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"Vivemos num país de faz-de-conta"


MANUEL VITORINO

Uma lição de finanças e economia. Gráficos, estatísticas, números negros sobre o PIB foram alguns temas da palestra de Medina Carreira que, ontem, quarta-feira, lançou um repto aos políticos num livro inquietante sobre o país: "Portugal, que Futuro?"
Foi uma conversa amarga, sem rodriguinhos, falinhas mansas. Ontem, no Palácio da Bolsa, no Porto, Medina Carreira, advogado e ex-ministro das Finanças, fez em pouco mais de meia hora a radiografia de um país com uma economia a descer mais do que a média da União Europeia e com "graves desequilíbrios" financeiros. "Vivemos num país de faz-de-conta", disse, antes de exibir os gráficos do economista Silva Lopes, ex-ministro das Finanças e do Plano.
Como os "números não enganam", o "powerpoint" tratou de evidenciar a radiografia do país adiado: uma taxa de desemprego a subir de forma "exponencial" de 3,9% em 2000 para 7,6 % em 2008; uma taxa de crescimento económico de apenas 0,8%, uma dívida pública a subir de 55% do PIB em 2004, para 66 % em 2008. Depois, continuou Medina Carreira, o endividamento externo não parou de crescer: 38% do PIB em 2000 e 97% em 2008. "Por este andar, vamos crescer menos que uma décima", disse.
As grandes obras públicas, como o TGV, mais o novo aeroporto e a construção de estradas mereceram reparos do ex-ministro. "As obras públicas anunciadas são autênticos crimes políticos", apelidou, para logo de seguida lembrar o facto de Portugal ser o "quarto ou quinto país do Mundo com mais estradas por quilómetro quadrado".
Com seis milhões de pessoas a depender, directa ou indirectamente do Estado, Medina Carreira não antevê na próxima legislatura "qualquer mudança", antes um país com uma carga fiscal "idêntica à Alemanha" e o IVA a penalizar as classes mais modestas do tecido económico e social.
O banqueiro Miguel Cadilhe também foi ao Palácio da Bolsa e, entre outras alusões, lembrou a falta de elites políticas: "É muito pobre a nossa classe política", disse. O empresário Belmiro de Azevedo também foi ao debate, mas optou por não fazer comentários. Saiu antes, com o autógrafo no livro "Portugal, que Futuro?"



http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1377180

(JN, quinta- feira 01/10/2009)